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sábado, 20 de fevereiro de 2010

OS PEQUENOS GRANDES MESTRES DO AMOR

Rocío Capirossi e Dory Stern



Nos anos 60 vivemos uma revolução que não sabíamos que nos preparava para o que viria. “Os hippies”, como se nos chamavam então, os jovens, através de canções e de reuniões massivas e pacíficas, clamávamos por um sim ao amor, a paz e a harmonia, e um não a violência, a guerra, ao temor. É como se nossos sinceros desejos de então se tivessem feito realidade com a chegada destas novas crianças. Sua essência é o amor e é o que esperam encontrar em suas casas e seu meio ambiente.

Sua incrível sensibilidade é uma das características das crianças Índigo, e quando sentem falta deste amor, tratam de encontrá-lo chamando a atenção de diferentes maneiras. E isto muitas vezes nos confunde como adultos, tanto em casa como na escola. Por que são hiperativos? Por que não são capazes de concentrar-se? Por que as vezes se tornam violentos? Por que não estão dispostos a obedecer a ordens dos mais velhos? Imediatamente os enviamos ao especialista. Não pensamos que, a maioria deles, o que querem é atenção e amor. E não só receber amor, mas também vivê-lo em seu entorno. Necessitam viver em um ambiente harmônico, porque muitas vezes quando se tornam inquietos e agressivos, o que estão tentando fazer é chamar a atenção dos adultos para que eles deixem de discutir, de brigar, e assim trazer de volta a paz ao mundo onde eles têm que conviver.

Não pretendemos mudá-los e fazê-los como fizeram conosco os adultos das gerações anteriores a sua chegada. Estas crianças são nossos mestres, e são eles os que estão nos ensinando a mudar nosso estilo de vida para o futuro e as mudanças que já está enfrentando o planeta Terra. Já não podemos viver na mentira; eles exigem que se lhes fale sempre com a verdade, para desta maneira, respeitá-los para que possamos exigir respeito. O significado de autoridade tem mudado de rumo com estas crianças. Acabaram-se os pais e mestres autoritários com o famoso “é assim porque eu digo”. Estas crianças maravilhosas estão nos ensinando a dialogar com eles, para que possamos dar sentido a sua vida, para que possamos dar razões, para que nos comuniquemos com eles como os adultos em miniatura que são, para que lhes prestemos nossa atenção.

Isto nos leva a aprender a escutá-las. Em suas palavras há muitas lições aos quais devemos colocar atenção e aprender com elas. Temos conhecido e tido contato com várias crianças Índigo, e um dos que temos bem próximo de nós é uma criança de três anos e meio, que transmite amor, bondade e alegria por todos os lados, em especial através de seus imensos olhos. Seu nome é Gianfranco e quando fala diz muitas coisas que surpreende. Entre elas, uma noite, quando tinha menos de dois anos, sua mãe insistia para que fosse rezar antes de deitar-se. Chegou a um momento em que ele lhe contestou: “mamãe eu não preciso rezar”. Esta é uma resposta irreverente? Absolutamente não. O ser interno da criança conhece sua origem e sabe perfeitamente que está muito perto da Fonte e que não precisa rezar da maneira como nós adultos, estamos acostumados. Isto não quer dizer que não os levemos por um caminho de religião se a família pertence a algum grupo religioso. O que temos que aprender é a observá-los e respeitar-lhes os sentimentos e os pensamentos, não impondo um estilo se isso não é do agrado deles.

Outro exemplo que podemos compartilhar é o de Lara, uma menina de quatro anos e meio, que vive em Barcelona, Espanha. Ela fala com sua mãe, que deixou nosso mundo faz pouco mais de um ano, olhando o céu e as estrelas, por sua vez é uma explosão de alegria e de amor para seu pai e seus irmãos. Quer dizer, que tem uma maturidade inata para entender o que está vivendo e, através dela e de sua sensibilidade e alegria, lhes faz chegar paz, harmonia e tranquilidade. Um detalhe que também ajuda a entender sua sensibilidade é um problema que lhe ocorre durante o sono: se algum dia seu pai se irrita com ela e a castiga por algum motivo e que ela não esteja de acordo ou não entende, de noite, chora desoladamente, apesar de estar dormindo. Ali não há palavras faladas que possam tirá-la de sua tremenda tristeza. A única coisa que entende nesses momentos é a linguagem do amor incondicional que fala de coração a coração. Nos momentos de “crises noturnas”, quando se lhe fala mentalmente e com amor, é quando consegue acalmar-se e retomar seu sono profundo. Este é um exemplo de como utilizar a terceira linguagem, da qual nos fala o Mestre Kryon em muitos de seus ensinamentos (Lee Carrol, Passing the Marker, Kryon Book 8).

E isto nos mostra a diferença entre ensinar-lhes disciplina e ser autoritários com eles. Para estas crianças a disciplina é fundamental em sua vida. Ainda que pareça o contrário, eles se contentam dentro de um meio ambiente de ordem, onde sabem a que ater-se, qual é seu espaço, seu tempo. O que não suportam é o autoritarismo, nem mesmo o que vem da parte de seus pais e mestres. Ali é onde aparece a rebeldia neles, e nos vão confrontar de mil maneiras, até nós nos darmos conta de que estamos no caminho equivocado. Alem do mais, eles aprendem por imitação, assim, um pai autoritário não deverá se surpreender se a criança lhe responde da mesma maneira como é tratado. Aqui não vale o “eu sou seu pai e você é meu filho e me obedeces”.

No mês de outubro de 2001 tivemos a oportunidade de assistir uma oficina com Jan Tober e Lee carrol na cidade de São Francisco, Califórnia. Encontrar com Jan Tober, provavelmente a melhor conhecedora das crianças Índigo, é já por si só uma experiência encantadora. É um ser humano cheio de luz e de alegria de viver. E entre muitas coisas que nos transmitiu disse algo que talvez possa lançar luz quanto a entender um pouco a conduta destas crianças quando estamos tratando de discipliná-las. Eles não conhecem o sentimento de culpa. Por isso repetem e repetem justamente o que não queremos que façam, levando-nos a irritação e ao mal humor. E o seguirão repetindo até que de alguma forma lhes façamos compreender e raciocinar por que não o devem fazer. Um simples não, um grito, um castigo ou um golpe não lhes afetam porque não se sente culpa de havê-lo feito. E aqui entra novamente a necessidade imperiosa de falar e dialogar com eles. Vamos então, encontrar respostas maravilhosas porque são seres sumamente dispostos a ajudar e a colaborar com todos.

A medicina alternativa funciona estupendamente com estas crianças. Tem um ADN (ácido desoxirribonucléico) diferente do nosso, e, portanto são muito mais receptivos (sobre o tema do ADN recomendamos os livros de Lee Carrol, Letters from Home, Kryon Book 7, y Passing the Marker, Kryon Book 8)[1]. O Reiki (uma técnica ancestral de cura, redescoberta e desenvolvida como um método no Japão em finais do século XIX pelo Mestre Mikao Usui, que permite canalizar a energia universal de vida, ou energia divina) é uma das melhores formas de ajudar ao Índigo que se encontra com problemas de adaptação em casa e/ou na escola.

A energia transmitida por Reiki através da imposição das mãos os ajuda a tranqüilizar e a relaxar de maneira extraordinária. Os Florais de Bach também são ferramentas sumamente importantes para ajudá-los com problemas emocionais que possam ter e que logicamente depois se traduzem em problemas físicos. Para os hiperativos, o esporte e o exercício são fundamentais. Os ajuda a descarregar energias e a aprender uma disciplina que logo poderão incorporar a sua vida diária.

Não devemos também esquecer, de prestar especial atenção ao tema da alimentação. Esta é básica para o bem estar de todo ser vivente, e em especial para controlar o estado anímico dos Índigos, seja porque são hiperativos, ou pelo contrário, mal humorados ou depressivos. Estas crianças precisam de uma dieta balanceada que esteja baseada em legumes, frutas e verduras frescas muito bem lavadas e muito bem desinfetadas, caso não sejam provenientes de cultivos puramente orgânicos. As crianças Índigo são muito sensíveis aos pesticidas e estes lhes podem causar transtornos digestivos produzindo vômitos e diarréias, assim como alergias.

Os corantes, os químicos, os produtos enlatados, o excesso de açúcar (em especial a branca), assim como as farinhas refinadas, também podem produzir alterações no estado anímico ou alergias. É preciso ficar atento quanto ao uso dos detergentes ao lavar suas roupas, porque sua pele é sumamente sensível e pode sofrer de irritações e coceiras constantes. Para maiores e profundas informações a respeito, recomendamos se referir ao livro da Dra. Doreen Virtue, The Care and Feeding of the Indigo Children (Cuidado e Alimentação das Crianças Índigo).

Sabemos das dificuldades que estão vivendo muitos pais em suas casas e mestres nas escolas, tentando entender e adaptar a estas novas crianças, aos antigos ensinamentos. É imperativa a mudança no sistema de ensino porque já é obsoleto. Por isso vem a união de todos os que temos um pouco mais de informação acerca destas crianças, para apoiar, informar e guiar aos adultos que sentem as dificuldades, e por sua vez ajudar e motivar a estas crianças a seguir em sua difícil e importante tarefa de levar-nos para um novo mundo.



[1] NT. Em portugues: Cartas de Casa, livro 7 e Ultrapassando o Marcador, livro 8. Disponíveis para download em: http://www.luzdegaia.org/downloads/livros.htm




Extaído do livro Consciencia Índigo: Futuro Presente
Tradução: sandraferris@globo.com